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A partir de 1824, a região sul do Brasil começou a receber imigrantes provenientes da Alemanha. Fundaram várias povoações, ao longo do Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul e do Rio Itajaí, em Santa Catarina.
A primeira dessas povoações foi a Feitoria do Linho e Cãnhamo, hoje São Leopoldo. Trouxeram consigo o conhecimento da manufatura do couro, cuja matéria prima era abundante nestas paragens. Integraram-se à nova vida com certa dificuldade por causa do clima, do idioma e da religião, pois a maioria era luterana.
Quanto ao folclore, trouxeram as danças de pares enlaçados, como o “shottisch”, que aqui virou “xote”, a valsa, com as suas variações, a mazurca e a rancheira, e a “polka”. Todos esses ritmos foram integrados ao folclore do Rio Grande do Sul, que até então só conhecia danças de origem portuguesa e espanhola.
Até os dias de hoje há regiões, no interior do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde só se fala a língua alemã e o biótipo de seus habitantes é caracteristicamente germânico. São brasileiros que souberam manter por dois séculos as tradições de seus antepassados.