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No final do século XIX, mais precisamente por volta dos anos 1890, desenvolvem-se os primeiros elementos estruturais do tango.
Sob forte influência da habanera (ritmo proveniente de Havana), o tango floresceu nos prostíbulos e lupanares dos bairros pobres dos arrabaldes de Buenos Aires.
Por nascer nesses ambientes, a dança era executada de uma forma muito corporal, provocadora e explícita, de uma maneira socialmente pouco aceitável entre as classes mais privilegiadas e, por muitos anos, permaneceu como algo marginal, de classe baixa. Isso, entretanto, não impediu que filhos de famílias abastadas freqüentassem esses lugares em busca de diversão. Em suas viagens à Europa, especialmente a Paris, esses rapazes levaram o tango em sua bagagem.
Em Paris, inicialmente tratado como curiosidade, o tango virou moda. Percorreu, então, um curioso caminho de ida e volta entre o Novo e o Velho Continente.
Buenos Aires, ao se mirar em Paris, recebe o tango em seus salões mais nobres, respaldado, agora, pelo batismo europeu, o melhor dos pedigrees para um burguesia emergente, que lutava para fazer da sua cidade a Paris da América.
Nessa estampa o Conjunto apresenta a beleza desses ritmos portenhos, como a milonga e o tango.